Numa sociedade
onde a produção de conhecimento surge como um recurso económico básico, torna-se
imperativo fomentar uma aprendizagem contínua para além da educação formal que
se pratica na escola. Esta é responsável por incutir nos alunos as ferramentas
necessárias para o desenvolvimento do conhecimento, da criatividade e da
inovação, para preparar os indivíduos para a crescente economia globalizada e
competitiva.
O conceito de
“cultura aprendente” proposto por Fabela (2005) propõe um ambiente onde todos
os atores, de forma individual ou colectiva, contribuem para a construção do conhecimento
de forma partilhada, continua e processual. Assim, o conceito de educação
bancária (Freire, 1981) é substituído por uma visão mais vanguardista, onde
como já referimos, todos são agentes do processo mantêm uma relação horizontal,
já que todos participam na auto-formação. Fabela (2005)apresenta como factores sine qua non elementos como o desafio, o
significado, a integração e o contexto relacional.
O Lifelong- learning (conhecimento ao
longo da vida) exige uma predisposição pessoal para:
- aprender a conhecer (aquisição de saberes que permitam compreender o meio social levando ao desenvolvimento do senso critico e reflexivo, permitindo ao individuo posicionar-se frente a informações difundidas pelos media);
- aprender a fazer (desenvolvimento de competências e habilidades de forma a capacitar os indivíduos a encararem diversas situações, bem como trabalhar em equipa. Este conceito é indissociável do aprender a conhecer);
- aprender a viver juntos (capacidade de vivermos em sociedade, respeitando as diferenças e os outros);
- aprender a ser (Realização de um processo de aprendizagem próprio, com autonomia, discernimento e responsabilidade social).
Coutinho, Clara. Lisboa, Eliana. ( 2011). Sociedade da Informação, do Conhecimento e da
Aprendizagem: desafios para a Educação no século XXI. Revista de Educação, Vol. XVIII,.